sábado, 4 de agosto de 2012

É coisa que me faz muita impressão.

Infelizmente não sou daquelas pessoas que é presença constante na lista do Cupido. Na cidade em que vivo, conheço muita gente que gostava de poder esquecer ou, se possível, gostava de não me deparar com elas sempre que saio de casa. Deve ser essa uma das principais razões pelas quais me sinto tão bem em Lisboa.

Voltando ao assunto do Cupido, eu tenho a dizer que me fez muita espécie ver uma pessoa a perseguir desesperadamente outra, à espera que toda a perseguição dê nalguma coisa. Sim, está certo: há-que mostrar o nosso interesse à outra pessoa, mas, mais que isso, há-que saber demonstrá-lo! Bombardear o outro de sms's provocatórias (não provocadoras, atenção), andar sempre a tentar saber onde pára o outro, o que está a fazer, com quem está, e quais os planos para o fim-de-semana acaba por levar ao efeito contrário, ou seja, ao afastamento entre os dois e à destruição do que quer que pudesse existir ou ter existido entre ambos.

O amor é uma ciência e eu não sou cientista nenhuma, mas será que um aumento da temperatura vai fazer com que a velocidade da reacção aumente, ou será que vai levar à completa evaporação da solução?

Também eu já tentei estar sempre nos mesmo locais que o outro, à mesma hora; também tentei as sms's e as chamadas e o MSN a toda a hora; também eu já tentei muita coisa e nada resultou...  Fruto da inocência talvez? Eu diria que sim. Nunca fiz nada por mal...  os resultados simplesmente acabaram por não ser os esperados. Talvez tenha soado a desespero, mas no fundo foi apenas inexperiência. Outrora bastante próximos, hoje em dia nem nos falamos; o que antes eram longas conversas transformaram-se em silêncios constrangedores nos corredores da faculdade. Valeu a pena então tanto entusiasmo? Talvez não.
É com tristeza que ainda penso em tudo o que podíamos ter sido. "Clickámos" desde início; foi por ele que não desisti várias vezes da faculdade, porque teria saudades dele e porque queria ser mais e melhor aos seus olhos; começámos com uma sms sobre o medo que ele sentia de uma frequência e daí resultaram longos serões de conversa cada uma mais tonta que outra, centenas de sms's e alguns telefonemas que faziam o meu saldo ir a zeros em muito pouco tempo, conversas e convívios na faculdade e despedidas no metro; vieram os primeiros exames e passámo-los a estudar juntos, no messenger. Gostava de dizer que não, mas a distância entre a casa dele e a minha foi sempre uma sombra sobre nós. Depois o semestre acabou: eu conheci novas pessoas e ele também: começámos a afastar-nos, apesar das tentativas para combater esse afastamento. No início de outro ano, tudo começou a parecer forçado e este ano, deixámos de falar.

Fui a única a forçar as coisas? Não, ele também fez tudo isso. Acredito que nos desiludimos um ao outro, e que é por isso que não falamos mais. Acho que tentarmos ser amigos só levaria a mais dor.

Portanto, forçar as coisas não resulta, de todo.


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