segunda-feira, 27 de agosto de 2012

À procura de inspiração


Ando sempre à procura de inspiração para escrever no blogue. Ultimamente com tudo o que se tem passado na minha vida, tenho andado pouco inspirada. Ainda assim, tento manter-me atenta ao que se vai passado. Às vezes escrevo com mais facilidade, outras vezes preciso de parar para pensar.

No outro dia saí de casa com os meus pais para comprar um relógio. A bem dizer, já tenho um relógio, a Glamour Box da One, mas aquele era bem giro, e menos vistoso, já para não falar que custou cinco vezes menos que o One. Aquilo de que vos quero falar não é desta minha onda consumista e principalmente shoeholica mas sim dos dois casamentos que vi e que me fizeram pensar que no meu futuro e hipotético casamento.

É verdade que tenho apenas 21 anos, não tenho dinheiro ou emprego ou sequer candidato a noivo, mas sempre gostei de pensar que um dia teria o meu dia.
Lembrei-me de um casamento que aconteceu aqui há uns dois anos na minha cidade. Embora eu soubesse o dia, a hora, a localização e até mesmo o destino da Lua-de-mel (um cruzeiro pela Patagónia), o meu conhecimento em relação à cerimónia e aos noivos acabava por aí. Pois. A verdade é que eu soube deste casamento através de conversas aleatórias no autocarro, à vinda de Lisboa. Eu nem sempre oiço conversas aleatórias no autocarro, mas quando oiço, elas acontecem durante meses, e têm diferentes intervenientes. E foi isso que aconteceu! As conversas passavam-se sempre entre duas pessoas, que nem sempre eram as mesmas. Na verdade, cheguei a presenciar conversas a ocorrerem em simultâneo, entre diferentes grupos de pessoas que não falavam entre si. E falavam de tudo: do facto de os noivos preferirem dinheiro a presentes de casamento para que pudessem pagar a lua de mel; do facto de o casamento ter sido marcado para uma altura em que já não há vestidos de cerimónia em saldo e até o facto de terem sido convidados com pouco tempo de antecedência.

Por um lado, todos estes dramas acabavam por me divertir durante as aborrecidas viagens entre casa e a faculdade, mas por outro lado não conseguia evitar sentir-me mal pelos noivos, que haviam escolhido partilhar o dia mais importante das vidas deles com um grupo de pessoas excessivamente críticas e que pareciam ir ao casamento quase por obrigação! A sério que não têm noção... uma rapariga levava mesmo a sua atitude ao extremo e isso está errado.

Por isso, penso que é importante ter cuidado com as pessoas a quem se envia convite de casamento. Considero que um casal deve preferir um casamento mais pequeno, mas com família e amigos próximos, a um casamento enorme, no qual das 300 pessoas convidadas, 200 estão apenas lá pela comida e pelo bar aberto.


O que eu mais gosto nos casamentos é a parte imediatamente antes, que ocorre nas horas anteriores à cerimónia: os últimos momentos de solteiro. Os brindes e as partidas entre o noivo e os amigos, e o champanhe e as lágrimas entre a noiva e as suas damas de honor. Para mim o casamento é a noiva e o noivo no carro decorado com fitas e balões e a sua comitiva, de carro, a anunciar o casamento com buzinões. Gosto disso. Não preciso de 300 pessoas e um vestido de 30 mil euros; dêem-me apenas os buzinões, os amigos e a família, um vestido e uma cerimónia íntima.

O plano existe: falta só o noivo!  hehe

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