quarta-feira, 20 de junho de 2012

Os ratinhos guincham, os bebés choram e a conspiração do Rato Mickey

Se acharam que me enganei ao escrever o título, estão enganados; é exactamente disto que vos vou falar hoje.
Se há facto inegável é que os ratos guincham, os bebés choram e que o Mickey é de facto um rato. Ou será que não??
Estava hoje embrenhada nos slides de Química Farmacêutica I, a tentar organizar-me com os meus resumos sobre os heterociclos, e as reacções de Paals-Knorr, de Diels-Alder e de Hantzsch quando espreito pela janela da marquise e vejo uma senhora a empurrar o carrinho de bebé com o filho a chorar, sem se mostrar minimamente em pânico com o desassossego da criança. nada de mais, se tivermos em conta que, 20 metros à sua frente estaria em casa. Mas foi esta criança que fez com que a minha mente recuasse até meados de Março, altura em que comecei as aulas práticas de Farmacologia II. Nessa primeira ou segunda aula (já não me lembro bem, mas provavelmente foi a segunda aula), um dos nossos professores tentou deixar-nos mais à vontade com o facto de usarmos animais no decorrer de algumas aulas (para trabalhos simples, nada de mais), dizendo que, à semelhança do choro dos bebés, os ratos e os ratinhos guinchavam para comunicarem connosco, e não somente porque os apertavam demasiado. E a verdade é que, nas aulas, pudémos comprovar que os ratos e os ratinhos guinchavam por tudo e por nada. De facto, a forma mais óbvia deles comunicarem o seu desagrado em relação à nossa falta de jeito era fazerem, à falta de palavras melhores, xixi e cócó nas bancadas o que, entre nós, criou uma inesperada classe de membro de grupo - o apanhador de fezes!  ;)
Claro que, nesta altura o dito professor podia falar imenso sobre ratos e ratinhos, mas pouco muito pouco sobre crianças. Situação que não durou muito mais tempo, visto que foi pai poucos dias depois. Os meus votos são que ele tenha contrariado as suas teorias sobre as crianças, e que o bebé não chore sempre que queira comunicar, quer esteja triste ou satisfeito, da mesma forma como os ratos e ratinhos guincham.

Apesar de tudo, farmacologia foi bastante interessante. De facto, só este semestre farmacologia obrigou-me a muita coisa desde fugir às teóricas, desvendar o significado de erros incríveis nas aulas, correr pseudo-maratonas para tirar dúvidas sobre artigos, autênticas maratonas de marranço de fármacos, noitadas no Skype a resolver exames, enfim, um pouco de tudo. E é agora, numa pausa da Equação de Hammet, nos meandros do capítulo sobre QSAR que volto à terceira e última parte do título deste texto (sim, não pensem que me esqueci).

Se sempre acharam que o ratinho é o filhote do rato, estavam enganados. Se houve coisa que aprendemos este semestre (além do facto de as fêmeas do rato e do ratinho serem a rato-fêmea e a ratinho-fêmea e nada mais, if you.. know what I mean ^^) foi que rato e ratinho são duas espécies completemente diferentes, que diferem entre si em vários aspectos que não somente pela diferença de tamanho. Tal facto conduziu-nos à conspiração do Mickey que, talvez numa tentativa de parecer mais crescido decidiu, em português, chamar-se Rato Mickey. MAS... em inglês (versão original) ele chama-se Mickey Mouse. Ora bem, Mouse é inglês para ratinho. Entendem agora o que eu quis dizer? Ao fim de algum tempo, partilhávamos já a opinião do prof., e agora, para mim, é Ratinho Mickey e ponto final!

Gostava hoje de acabar o capítulo que fala da árvore de Topliss, mas acho que já não irei conseguir. O facto é que ainda me falta estudar imenso, mas lá hei-de conseguir chegar.

Amanhã estarei de volta.

Um grande beijinho :)
Vânia

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